Diferenças entre OKRs e KPIs: Como Utilizar no Dia a Dia
Descubra a diferença entre KPIs e OKRs e entenda como usá-los de forma estratégica. Evite a confusão entre indicadores de desempenho e metas de transformação que trava a evolução da sua empresa.
Victor de Paula Xavier
7/16/20253 min read
KPIs x OKRs: entenda as diferenças e evite o erro que destrói a gestão de desempenho
KPIs e OKRs: muito além da moda corporativa
Nos últimos anos, o termo OKR ganhou status de mantra em empresas que buscam agilidade e inovação. Mas o entusiasmo esconde um problema recorrente: a confusão entre OKRs e KPIs.
Embora ambos sejam instrumentos de gestão de desempenho, eles nascem de lógicas completamente diferentes — e quando usados de forma equivocada, comprometem a clareza estratégica da organização.
O que são KPIs e por que eles ainda são indispensáveis
KPI (Key Performance Indicator) é um indicador-chave de desempenho. Ele mede o estado atual da operação e mostra se a empresa está funcionando de forma eficiente.
São métricas de monitoramento: margem, custo, produtividade, satisfação, turnover, entre outras.
Em resumo, KPIs são os sinais vitais da organização.
Eles servem para acompanhar a performance e garantir estabilidade. Mas — e aqui está o ponto crítico — KPIs não transformam o negócio.
Eles orientam o presente, não desenham o futuro.
Usar apenas KPIs é como dirigir olhando pelo retrovisor: você entende o que aconteceu, mas não necessariamente para onde está indo.
O que são OKRs e como eles mudam a dinâmica da gestão
OKR (Objectives and Key Results) é um sistema de metas voltado à mudança e à ambição estratégica.
O Objective representa um objetivo qualitativo e inspirador; os Key Results são resultados mensuráveis que indicam se a empresa está evoluindo na direção certa.
Ao contrário dos KPIs, os OKRs não se preocupam com a eficiência da rotina. Eles provocam movimento, aprendizado e inovação.
O foco não é medir o que já está estabelecido, mas perseguir o que ainda não existe.
Em outras palavras: KPIs mostram o desempenho; OKRs desafiam o desempenho.
O erro mais comum: tratar OKRs como KPIs com outro nome
Muitas empresas afirmam usar OKRs, mas na prática apenas renomeiam seus KPIs.
Transformam metas operacionais em “OKRs” e perdem o verdadeiro poder do modelo.
Exemplo clássico: “Reduzir custo em 5%” não é um OKR — é um KPI.
Um verdadeiro OKR seria algo como: “Tornar o time mais produtivo e autônomo, reduzindo dependências operacionais”.
A diferença é que o primeiro mede eficiência; o segundo impulsiona transformação.
Quando tudo vira OKR, nada é OKR.
E quando a empresa não tem cultura de transparência, autonomia e aprendizado, o modelo morre antes mesmo de gerar impacto.
Como usar KPIs e OKRs de forma inteligente
Empresas maduras entendem que KPIs e OKRs não competem — se complementam.
Cada um cumpre uma função distinta no ciclo de gestão:
Enquanto os KPIs garantem que o negócio funcione com eficiência, os OKRs apontam para onde ele deve evoluir.
Usar os dois é construir um sistema de gestão que equilibra sustentação e inovação.
Diferença entre KPI e OKR: o resumo direto
KPIs: medem como a empresa está performando agora.
OKRs: direcionam para onde a empresa quer ir.
KPIs olham o passado e o presente.
OKRs projetam o futuro.
KPIs mantêm o negócio vivo.
OKRs mantêm o negócio relevante.
Conclusão: medir é bom, mas transformar é melhor
Antes de multiplicar indicadores e metas, faça uma pergunta simples:
“Quero apenas melhorar o que já faço bem ou quero mudar o que parece impossível?”
KPIs e OKRs são ferramentas poderosas, mas sua força vem da intenção com que são usados.
No fim, a diferença entre eles é a mesma que separa empresas que monitoram o desempenho das empresas que criam o futuro.